LITERATURA E ARTE EM AÇÃO 
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PROJETO DO SITE PEDAGÓGICO E TCC
PROJETO DO SITE PEDAGÓGICO E TCC

SITE PEDAGÓGICO

TEMA: “Recursos Intermidiáticos como estratégia para o ensino de arte e literatura no Ensino médio”

1 INTRODUÇÃO

Ao ingressar no Ensino Médio os alunos encontram dificuldades para encontrar sentido em leituras, principalmente quando se trata de livros literários. Inicia-se na primeira série do Ensino Médio o ensino de Literatura à qual a maior ênfase está no ensino pelos Estilos de Época. Cabendo a esta série de ensino a aprendizagem do Classicismo, Renascimento, Quinhentismo, Barroco e Arcadismo. Já na segunda série do Ensino Médio, o aluno aprenderá sobre o Romantismo, Realismo, Naturalismo e Parnasianismo. E finalmente na terceira série do Ensino Médio, os alunos irão conhecer o Pré-modernismo, Modernismo e Contemporaneidade. Esta divisão, bastante questionada pelos estudiosos contemporâneos, deve ser repensada e não pode ser a única estratégia de ensino de literatura. O professor de Língua Portuguesa juntamente com os professores de outras disciplinas precisam disponibilizar atividades e projetos que perpassem por todos os estilos de época independente da série e que possibilitem um novo olhar para a literatura e para a arte.

Outro problema é o distanciamento das artes da literatura. A literatura é uma arte assim como a fotografia, a arte plástica, a música, a dança, o teatro, a escultura, o cinema, a pintura, o HQ, os jogos multimodais, e a arte digital. Pensar em unir todas as artes é tornar o ensino mais significativo e atraente aos estudantes, além de mexer com a emotividade e crítica do leitor.

Outro aspecto, é o uso das tecnologias digitais que estão disponíveis de diferentes formas aos alunos.Eles acessam inúmeras tecnologias quando estão fora da escola, são proficientes tanto para lidar com as tecnologias quanto para buscar maior interação através das redes sociais. Querem ser vistos e ouvidos, mas também querem ver e ouvir. É por isso que buscam músicas, filmes, resenhas, desenhos e tantas outras fontes que possibilitam não só entretenimento mas também interação. Isso pode ser confirmado através das inscrições que fazem por exemplo em Instagran ou Youtube. E é diante desse público diferenciado e conectado que o professor precisa encontrar brechas para que possa através dos recursos intermidiáticos promover o ensino.

 

2 TEMA PROBLEMA:

 

Como usar os recursos intermidiáticos como estratégia para o ensino de arte e literatura no Ensino médio?

 

3 OBJETIVOS:

3.1 Geral

- Proporcionar através de diversas leituras temáticas de diferentes áreas artísticas momentos de reflexão e consciência crítica.

 

3.2 Específicos

-Auxiliar o professor com materiais que poderão ser utilizados em sala para desenvolver diferentes atividades;

-Abordar diferentes temáticas que estão presentes na sociedade brasileira;

-Despertar a criticidade através da leitura das obras publicadas.

 

4 JUSTIFICATIVA

 

A escola é um espaço privilegiado para promover as transformações da sociedade e deve preocupar-se em ensinar buscando estratégias que envolvam a coletividade, a leitura crítica e, principalmente o resgate ao gosto pela leitura. Essas leituras podem ocorrer através da linguagem verbal ou não verbal expressas nas diversas manifestações da arte. Com a variedade de recursos intermidiáticos é possível transformar a educação de maneira a despertar nos alunos o gosto em aprender. O site pedagógico surge como opção para aprendizagem, uma vez que é um ciberespaço que comporta inúmeras temáticas de diferentes formas e tamanhos. Nele, pode conter vídeos, músicas, textos, fotografias, charges, reportagens, indicações de sites, etc.

 No site pedagógico o aluno pode ter a tanto a facilidade do acesso quanto a possibilidade de perceber que há em cada texto (verbal ou não) uma ideologia, um dizer para o outro. Nesse caso, a proposta é que promovam leituras críticas com vistas a perceber e interpretar esses textos de maneira autônoma.

Um site cuja proposta seja aliar literatura e outras formas de arte é  possibilitar o rompimento das barreiras disciplinares e estar condizente com a novas diretrizes do Ensino Médio.Não mais o aluno irá ,por exemplo, somente ler  São Bernardo de 1934, mas também ler um quadro de Belmiro de Almeida de 1887, um poema de Gonçalves Dias do ano de 1851 ou uma música de Bezerra da Silva de 1979 ,tendo em comum em todas essas leituras a visão da mulher ( uma possível temática). 

Esse tipo de trabalho pode ser considerado uma quebra de expectativas e também um desafio, pois o jovem está acostumado a receber indicações de leituras durante as aulas de literatura e aos alunos apenas buscam resumos, resenhas e comentários das obras apenas nos diversos sites disponíveis.

 

 

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 

A leitura constitui –se como essencial aos alunos e é um dos motivos pela existência do espaço escolar. Essa leitura compreende a compreensão de mundo e a interpretação e não é de hoje que leituras com o uso de imagens são preferenciais aos indivíduos.Com as tecnologias, as letras, o movimento e as imagens compõem sites, blogs e outros mecanismos de interação e consulta. Rotineiramente os jovens interpelam seus professores querendo testá-lo para verificar o quanto ele sabe sobre as redes da internet. Todos os alunos sabem que estão à frente dos educadores quando o assunto é internet e que ´por mais “antenado” que este profissional seja, ainda assim encontra-se aquém da sociedade mais jovem. As áreas digitais têm se mostrado o quão podem ser sedutoras, viciantes, interritoriais e, “soltas aos adolescentes”, também alienantes e massificadoras.

A professora Nilcéia Protásio (2014), no depoimento provocativo, constatou que em meio aos adolescentes e jovens há uma necessidade de espetacularização. Tudo pode virar um espetáculo: desde algo simples do cotidiano até situações armadas para serem exibidas através de vídeos. Dessa forma, parece ser fundamental ao jovem, por exemplo, não apenas ouvir uma música no fone de ouvido, mas fazer que todos a ouçam. E o que para parte da população mais madura parece ser um egocentrismo, um egoísmo exacerbado, é para o jovem a exibição de algo seu, um convite e também uma demarcação de território, e mais ainda, uma busca da própria identidade, segundo Protásio (2014).

A mesma autora revela que a preferência musical desses jovens vem acompanhada de imagens e artes cênicas (videoclipes). Compartilham seus gostos e absorvem o que está na moda entre eles sem qualquer criticidade. Da mesma forma que tentam espetacularizar e mostrar suas preferências, querem também ser protagonistas neste espetáculo, dessa forma, acessam vídeos “em suas situações cotidianas, ou que dão visibilidade e fama momentânea a anônimos” (Fernanda P. Cunha,2012, pág. 4).

E com toda essa interritoriedade e diversidade como fica a organização das práticas de ensino do professor? Este que culturalmente “aprecia a uniformidade nos conteúdos, uniformidade na avaliação, uniformidade nas expectativas.” (Eisner,2008, pág. 8). O autor aponta para a necessidade de considerar as práticas do ensino de arte como resposta e possibilidade de reencontro de sentidos no ato de ensinar. De fato, entre todas as disciplinas, a arte e a literatura parecem ser as mais capazes de individualizar, libertar, trazer à tona a criatividade, motivação e a vontade de criar algo. Tais práticas são caminhos possíveis para o educador preocupado com o ato de ensinar. Melhor ainda, promove uma educação libertadora.

Freire nos anos 80, afirmou que " Os homens se educam entre si meditializados pelo mundo (FREIRE,1987, p.79). Essa afirmação indica que os saberes comungados em sala de aula não são exclusivos da escola, mas estão diretamente ligados à sociedade que cada um faz parte. Seria, para Freire (1996), fundamental levar em consideração a cultura e as vivências desses educandos: “Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo (FREIRE ,1996, p.38). Fica bem claro que, nas ideias freireanas, o professor ainda assim representa uma autoridade na sala de aula, pois cabe a ele mediar os temas para que haja um contínuo aprender. Há a partir desse entendimento, uma superação da concepção de educação bancária. O conteúdo programático também deve, segundo o pensador, ser revisto e deixar de vir pronto com propostas verticais. Cria-se uma ação dialógica composta de colaboração, união, organização e síntese cultural. Freire chama a atenção para o exercício das práxis - simbiose entre teoria e prática - (FREIRE,1987).

Nessa perspectiva, o site pedagógico, com a utilização de todas as artes levadas aos alunos de maneira interdisciplinar e transdisciplinar deve também despertar neles uma profunda reflexão: não existem fronteiras culturais e, portanto, todas as culturas devem ser aceitas e respeitadas e sobre as linguagens, há nelas, um entrelaçamento: todas as linguagens estão presentes de diversas formas. E havendo tantas diversidades ,o respeito e a aceitação devem ser exercidas o tempo todo entre todos os sujeitos.

Como consequência da globalização, não existe mais fronteira entre as culturas e mais especificamente no caso do Brasil, há uma variedade de culturas locais que tem sido ignoradas pela escola durante muitos anos. O uso de recursos tecnológicos alteraram não somente o comportamento dos indivíduos como também as relações no espaço escolar. O espaço físico deixou de ser o único espaço. Há hoje o ciberespaço que pode ser entendido como um sistema de redes que possuem inúmeros textos posicionados em diferentes janelas e que podem ser acessadas simultaneamente, também chamados de hipertextos, possibilitam diversas construções, interações, caminhos, organizações e encaixes que seguem a vontade do internauta e, tais possibilidades devem ser levadas em conta pelo educador que se propõe a ensinar através de sites de autoaprendizagens.

Durante uma aula digital, por exemplo, como conduzir os alunos aos objetivos propostos diante de tantas possibilidades de acesso ao mundo virtual? Dentre as respostas, certamente o papel do professor deve ser de colaborador, ciente das inúmeras possibilidades e, mais que isso, consciente que muitos alunos tem domínio das contingências do ciberespaço. Portanto, mesmo o professor sendo o educador, ainda assim deve estar disposto a se colocar na condição de aprendiz reflexivo destes alunos e de todas essas novas tecnologias até mesmo durante a organização do site pedagógico.

 Com textos e diversos outros mecanismos disponíveis nas mais variadas formas, tentar compreender as intencionalidades, as escolhas das palavras e das imagens são itens essenciais ao professor que pretende ensinar por esse novo modelo: sites de autoaprendizagens. Para Gohn (2003):

                                                                           (...)A autoaprendizagem é possível devido a                                                                                                   características inatas e                                                                                                                                   inerentes ao aprendiz. O indivíduo que decide                                                                                                 aprender música tem                                                                                                                                     total interesse na matéria e relaciona o estudo                                                                                               com as informações                                                                                                                                         presentes em seu cotidiano. (GOHN,2003, p. 20)

Portanto, a existência do site pedagógico deve permitir aos alunos, autonomia para aprender realizando o acesso da forma que achar melhor e mais produtivo.

 

6 METODOLOGIA/ PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

 

O site pedagógico é um ambiente de fácil acesso e navegação e contém abas que facilitam o acesso por temas. Nele, estão disponibilizados inúmeros conteúdos pedagógicos direcionados ao aluno, ao professor do ensino médio e àqueles que se interessarem pelos assuntos que estão nele. São vídeos, links de sites, desenhos, fotografias, músicas, poemas, romances, contos, charges e diversos outras indicações que tentam auxiliar no processo de aprendizagem e ensino.

 

Por meio desse site , os internautas poderão encontrar endereços de cursos on-line, revistas eletrônicas, charges temáticas , pontos turísticos  e temas para trabalhar de maneira transdisciplinar e interdisciplinar .O site possui conteúdos voltados para a Literatura e a arte.O acesso se dará da seguinte maneira:

  • Abrir o link < > : ao fazer isso o visitante encontrará as abas disponíveis na seguinte ordem :
  • O título do site : Literatura e arte em ação que possui algumas considerações sobre o site e o slogan do site;
  • Apresentação ( explica a área de interesse do site que e Literatura e Arte);
  • Quem sou ( Um breve histórico da minha vida pessoal , profissional e acadêmica);
  • Projeto do site pedagógico e TCC ( O projeto apresentado do site e o vídeo descrevendo o site para o TCC, plano de ação e reflexões sobre a experiência de fazer o curso );
  • Blog ( endereço que possui as atividades realizadas durante a formação do curso de especialização da UFG);
  • Fique por dentro ( Nele , há outras sub- abas :  Cursos on-line, Experiências Exitosas , Publicações, Sites pedagógicos e Vídeo aulas. Essas sub abas são sugestões para que o visitante do site possa navegar e que estão relacionadas com o tema proposto no site);
  • Charges ( São propostas ligadas a área de interesse do site e dos temas );
  • Galeria ( Contém duas sub abas : lugares ligados a arte , leitura e cultura de Goiânia e , na outra sub aba algumas fotos e vídeo de uma das aulas minhas de Literatura);
  • Os temas “A mulher em diferentes épocas e contextos “,”Regime Militar Sim ou não “, “padrão de beleza dentro ou fora”, “Os ex-apenados” ( neles há diversas sub-abas que tratam sobre os temas como charges, músicas, filmes, pinturas , poemas, fotos, questionário sobre o tema ...);
  • Siga-me ( facebook, pinterest e instagran que apresentam sugestões de livros , grupos voltados para a Literatura e Arte);
  • Contatos ( e- mail e mensagem );
  • Enquete ( Para que o internauta , caso tenha interesse,possa avaliar o site de maneira geral).

O visitante pode abrir as abas conforme achar melhor.

Os temas são sugestões tanto para os professores que querem trabalhar com os alunos em sala de aula, como outros públicos que quiserem acessar e interagir com o administrador do site.

Como exemplo, se um professor quiser trabalhar com o tema “A mulher em diferentes épocas e contextos" , tanto poderá solicitar que os alunos acessem em casa, quanto na escola utilizando o laboratório da escola. Para esse tema, o tempo previsto para que os estudantes possam abrir todas as sub-abas e responder o questionário são de 4 aulas simples de 50 minutos podendo estender o prazo , caso seja necessário. O público – alvo tanto pode ser alunos da EJA, 2º e 3 segmentos , quanto alunos do ensino médio .

O tema pode ser trabalhado em qualquer bimestre letivo. Entretanto, a semana em que comemora-se o dia internacional da mulher , 8 de março, pode ser um bom momento para realizar esse trabalho pedagógico.

Os demais temas possuem o mesmo tempo de aulas ( 4 aulas simples de 50 minutos) e público –alvo . Indica-se que se trabalhe o tema “Regime Militar: sim ou não” na semana que se comemora a Proclamação da República (15 de Novembro); e outros temas são livres para ocorreram em qualquer época do ano letivo.

Ele pode ser também acessado no período combinado com o professor durante as aulas, pois muitas escolas possuem laboratórios de informática, ou em datas determinadas  e nesse caso o acesso deverá ser livre , em qualquer horário estipulado pelo internauta. Como também é direcionado aos professores que se interessem pelo ensino do site aprendizagem, esse acesso pode estar sujeito às regras desses profissionais.

 

 

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

BARBOSA, Ana Mae T. Bastos. Arte/educação contemporânea. Consonâncias Internacionais. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 2008.

BARBOSA, Ana Mae; AMARAL, Lilian (Orgs.). Interterritorialidade. Mídias, contextos e educação. São Paulo: Ed. SENAC, 2008.

CUNHA, Fernanda Pereira da. E-arte/Educação: educação digital crítica. São Paulo: Annablume; Brasília: CAPES, 2012.

 ________. Arte/Educação Intermidiática Digital. In: X Seminário do Ensino de Arte e VI Encontro Goiano de Educação Musical, Goiânia. Anais... Goiânia: Ciranda da Arte, 2013, p. 1-8.

 Eisner ,Elliot E. O que pode a educação aprender das artes sobre a prática da educação?. Disponível em< http://moodle.emac.ufg.br/pluginfile.php?file=%2F8963%2Fmod_resource%2Fcontent%2F1%2FTexto1_-_Einser_aprender_artes_sobre_pr_tica_da_educ.pdf> Acesso em 15 de novembro de 2018.

 FREIRE, Paulo.  A importância do ato de ler. 35. ed. São Paulo: Editora Cortez, 1997.

_____________. Pedagogia do oprimido.  17 ed.  São Paulo: Paz e Terra, 1987.

 _____________ . Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

 GOHN, Daniel Marcondes. Autoaprendizagem musical: alternativas tecnológicas. Annablume, São Paulo, 2003.

 Protásio, Nilcéia. Depoimentos Provocativos. Disponível em:

<http://moodle.emac.ufg.br/pluginfile.php?file=%2F8962%2Fmod_resource%2Fcontent%2F1%2FMETODOLOGIA_DO_ENSINO_SUPERIOR.pdf>Acesso em 15 de novembro de 2018.